segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Após dispensas, Inter enconomiza R$ 1 milhão a cada 30 dias.

Duas semanas após iniciar uma pequena revolução no futebol colorado, Roberto Siegmann começa a contabilizar os resultados. Apesar de o vice-presidente de futebol não confirmar os números, as dispensas promovidas no grupo principal e o desmantelamento do Inter B já permitem ao clube uma economia de mais de R$ 1 milhão a cada 30 dias só em salários. O processo de redução de custos continuará nas próximas semanas, afetando inclusive as categorias de base.

"O Inter era considerado o clube mais rico do país. Oferecia sempre os melhores contratos para os jovens jogadores", suspira Siegmann. Ele não sabe ao certo quantos contratos da base foram rescindidos, mas não são poucos. "As coisas estão acontecendo sem tanta visibilidade. Estamos trabalhando", prossegue o dirigente.

Edu e Ilan são casos emblemáticos. Ambos recebiam salários altos inclusive para o padrão colorado, pagos religiosamente em dia, mas estavam completamente fora dos planos de Celso Roth. Juntos, eles tinham vencimentos superiores a R$ 500 mil mensais, valores compatíveis aos que recebiam na de Europa.

Edu assinou amigavelmente a rescisão na última quinta-feira. Ilan, porém, irá buscar na Justiça uma compensação pelo fim antecipado do seu contrato. O Inter alega que renovou o vínculo, em dezembro apenas para que ele pudesse recuperar-se de uma cirurgia. O jogador não aceita a versão e o caso vai parar nos tribunais.

Há mais exemplos. Bustos, "encostado" no Beira-Rio desde 2008, interessa ao Atlético-PR. Houve um início de negociação, que parou no salário do lateral, considerado alto pelo clube de Curitiba. No Inter B, há uma série de atletas que preferem ficar no Beira-Rio mesmo sabendo que nunca jogarão. Afinal, receberão em dia. "Muitos não querem nem falar em ser emprestados, mesmo depois de conseguirmos um clube para eles. Isso dificulta bastante", lamenta Roberto Siegmann.

A ordem para reduzir despesas veio de Giovanni Luigi, empossado presidente em janeiro. Os números, amealhados pelo executivo-chefe, Aod Cunha, são assustadores. A crise pegou de surpresa os dirigentes e decretou um novo tempo no futebol colorado.

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