sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mais bola, menos fama: satisfeita com o grupo, direção do Inter prioriza apostas

Decepcionada com a eliminação precoce na Libertadores, a torcida colorada esperava alguma mudança, sobretudo reforços de peso para o Brasileiro. Por enquanto, três novidades chegaram no Beira-Rio: os atacantes Gilberto, Jô e Siloé. Além de atuarem na mesma posição, eles se encaixam em um perfil idêntico: jogadores em nível de aposta, ainda pouco conhecidos, mas nos quais a direção deposita esperanças a médio prazo. A torcida pode até não gostar, mas é uma postura que o clube deve manter por um bom tempo, segundo Roberto Siegmann.

O vice-presidente de futebol detecta certa ansiedade da torcida, de que seria necessário "contratar tudo" que se vê pela frente. Aos fãs, Siegmann pede paciência e um olhar mais à frente, na transição que aos poucos o grupo de atletas está sofrendo.

— O grupo está passando por uma transição, que não pode ser drástica. A torcida reclama que não são nomes conhecidos, mas o Pato e o Damião chegaram assim — lembra o dirigente, em entrevista à Rádio Gaúcha. — Procuramos agora fazer uma seleção de jogadores que às vezes não têm tanta notoriedade, mas têm qualidade. E, nesse processos de transição, esperamos que eles ocupem o lugar dos que começam a findar o seu ciclo.

Siegmann defende essa postura cautelosa e a longo prazo apoiado na qualidade que vê no grupo colorado, o que dispensaria a velha política de terra arrasada. Em termos de reforços, o dirigente reitera a necessidade imediata de dois laterais, um para cada lado do campo, por se tratar de uma deficiência quantitativa do elenco. No mesmo sentido, Siegmann defende a contratação de mais um atacante do perfil de Damião. Além da possibilidade de não contar com o artilheiro por causa da Copa América, a limitação de usar apenas três estrangeiros leva o Inter ao mercado, já que nem sempre o argentino Cavenaghi poderá ser acionado no Brasileirão.

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